DURVAL FERREIRA DA SILVA

Durval Ferreira da Silva
                                                 
                                                            O GUERREIRO


Durval foi o quarto e último filho de Ester Ferreira de Morais e Pedro Luis Panema. A sua história é tão agitada quanto é a sua personalidade. Pois em todo o mundo animal, um filhote rejeitado, tem que contar com muita sorte e esperteza para sobreviver. Mas isso foi o que nunca faltou em Durval. Ele sempre diz que, o Deus no qual ele crê, sempre o fez cavalgar sobre as alturas.

Durval tinha apenas 5 anos quando em 1943, faleceu Ester, sua mãe e dois meses depois como um presente, ele recebeu do pai, uma madrasta. Daí em diante sua infância tornou-se infernal. Não tanto por causa da madrasta, mas pela crueldade do próprio pai, que só lhe falava aos gritos, usando apelidos repugnantes, lhe aplicando tarefas acima de sua capacidade, falta de alimentação e o mau humr da madrasta. Tudo isso significa, que a tal criança tinha o próprio pai como inimigo, quando esse deveria defender e amá-lo. E esse amor existia, mas era restrito aos filhos do segundo matrimônio.

Percebendo o casal, que aquela raquítica criança por muito tempo iria ainda com eles permanecer, resolveram expulsá-la do ninho, como haviam anteriormente, feito com seus irmãos: Eliseu, Alaíde e Edvalda.

A última expulsão aconteceu em Abril de 1951, quando Durval contava com apenas 11 anos de idade. E não havendo uma outra saída, foi a procura do seu irmão Eliseu, casado com Luzia Leopoldina, os quais prontamente o receberam e o ampararam. Ali, auxiliado pelo irmão e a cunhada, conseguiu alfabetizar-se, aproveitando as primeiras horas da noite, sem a necessária freqüência escolar. Pois durante o dia trabalhava na roça para seus primos Zacarias Barros ou Auta Santana, a qual lhe convidou várias vezes para com sua família morar. Auta, sempre foi mesmo uma Santa!!!

Em 1954, sua tia Cecília Ferreira de Moraes, irmã de sua mãe Ester, residente em São João-PE, o convidou para com ela morar. O convite foi prontamente aceito. A sorte estava lançada.

Em 1954 o Sr. Eládio Ramos, cooperador da Igreja Presbiteriana de São João, que contava com grande prestígio junto ao pastor de Garanhuns-Pe. Não se sabe por que, o Sr. Eládio prometeu levar Durval para o Colégio 15 de Novembro, o que seria impossível aos olhos humanos, por se tratar de uma instituição destinada apenas ao atendimento da burguesia. Pois na época não havendo ginásio nem colégio estadual no interior do nordeste, o estudo era um bem de consumo muito caro. Portanto, privilégio apenas da elite burguesa.



Obs. O sofrimento dos órfãos de Ester, não teve nada haver com

Falta de dinheiro e sim, com falta de pais.



                                                     Durval e sua tia Cecília Balbino de Morais.























Durval aos 14 anos

A GRANDE CONQUISTA DE DURVAL

Em 24 de fevereiro de 1955 o Sr. Eládio Ramos, finalmente entregou Durval ao pastor de Garanhuns, que na época era o Rev. João Campos de Oliveira, capelão do Colégio 15 de Novembro, onde qualquer pedido seu, seria uma ordem. Nesse mesmo dia o Rev. João Campos o entregou ao norte americano Jule Spach, vice-diretor e professor, que logo o matriculou em regime de internato e dele sempre cuidou. Durval estava com 16 anos de idade.

Jule Spach, acolheu e cuidou de Durval desde os seus 16 anos de idade, do 2º ano primário ao 3º colegial.




No Colégio Quinze De Novembro, Durval, em regime de internato, serenamente cursou o primário, o ginásio e o Colegial.

Dez anos mais tarde, ou seja, 1965 saiu Durval do Colégio 15 de Novembro com o certificado de conclusão de curso colegial em mãos.

Concluído o curso colegial, hoje 2º grau, Durval saindo de Pernambuco, veio para o Estado do Paraná, com o objetivo de aproximar-se novamente de seus três irmãos, o que realmente aconteceu.

Durval fixou-se em Londrina onde em pouco tempo ingressou no magistério, ministrando aulas de História do Brasil no Colégio Estadual, em condição suplementar. Em 1967,ingressou na U.E.L – Universidade

Estadua de Londrina.

Em 1967, Durval ingressou na UEL – Universidade Estadual de Londrina.

Em 1970, concluiu o curso de História

Em 1974 concluiu o curso de Geografia

Em 1979, prestou concurso, efetivando-se nas duas disciplinas.

Em 1980, especializou-se em Didática.

Em 1995,aposentou-se por tempo de serviço, como professor de História e Geografia pelo Estado do Paraná.









Durval – Formado em História e Geografia



Durval Ferreira, encontra-se hoje com 70 anos de idade, solteiro, muito próspero, saudável e feliz. Porém ainda elétrico e agitado como sempre foi. É uma pessoa simples, muito alegre e comunicativa. Nunca curvou-se diante das dificuldades e sempre esquecendo-se, que já é uma pessoa idosa.

Acima de tudo, Durval é uma pessoa cheia de gratidão pelos muitos e bons samaritanos, que Deus pôs em seu caminho, para lhe dar a mão e socorre-lo em toda as trajetórias difícies, pelas quais já passou.



A GENEALOGIA DOS FILHOS DE ESTER



Os filhos de Ester Ferreira de Morais são:

1- Netos de Quitéria Ferreira de Moraes e Balbino Jacintto de Farias.

2- Bisnetos de João Ferreira de Moraes e Izabel de Barros Correia.

3- Trinetos de Joaquim Ferreira de Moraes (Quinquim) e Juliana Maria do Espírito Santo.

4- Tetranetos de Domingos Ferreira de Moraes e Ana Josefa do Espírito Santo.

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